sábado, 8 de agosto de 2009

Ainda há tempo!

Ainda há tempo!

Mais uma vez assistimos aos desvarios de uma república onde não existem republicanos, mas sim capitães hereditários (ou melhor, que assim se julgam), levando o país para o abismo da falta de ética na política, para vergonha dos brasileiros, políticos, ou não, mas compromissados com as reais necessidades da nação e do seu povo.
O que perdeu o Brasil, ao não conseguirmos eleger Leonel Brizola para a Presidência da República, jamais será recuperado, vide os jovens entregues ao tráfico, o elevado percentual de analfabetos e de analfabetos funcionais, o assassinato pelas chamadas forças da ordem, de milhares de jovens, quase sempre negros, a cada ano. Vide a não realização da Reforma Agrária, a não regulamentação da remessa de lucros, e a venda para exportação a preços vis dos chamados produtos primários, as commodities ou o sucateamento das empresas realmente nacionais, e a sua entrega às multinacionais.
A falência do capitalismo atingiu sobretudo aos países mais pobres, exatamente aqueles que nunca tiveram o poder de controlar o sistema.
Contudo, ainda há tempo, de tentarmos salvar algo do que resta para as futuras gerações.
O PDT, na pessoa do seu presidente licenciado, Ministro Carlos Lupi, no comando do Ministério do Trabalho e Emprego, tem mantido a luta pelos direitos dos trabalhadores conquistados na Era Vargas, e as posições firmes de Carlos Lupi nesta direção, incomodaram e ainda incomodam àqueles cujo compromisso é com os interesses pecuniários e de poder, que começam e terminam no aumento de seus lucros, não importando o quanto isso signifique para a degradação dos sistemas de atendimento à saúde e de transportes públicos, da falta de habitações dignas, da falta de saneamento básico, da falta de creches e de escolas.
Quando assistimos o presidente da Federação das Industrias do Estado de São Paulo – FIESP, Sr. Paulo Antonio Skaf, e a Presidente da Confederação Nacional da Agricultura, Senadora Kátia Abreu, tentando colocar os meios de comunicação e a população menos informada, contra o Ministro Carlos Lupi, lembramos a guerra movida contra Leonel Brizola, Governador do Rio Grande do Sul, que encampou as gigantescas empresas norte-americanas ITT e Bond & Share , que se recusavam a fazer investimentos para possibilitar o crescimento econômico daquele grande estado brasileiro. Sabemos ainda mais, que os governos e empresários americanos jamais perdoaram a Leonel Brizola, e atuaram, com apoio de alguns apátridas, embora nascidos no Brasil, para a não eleição de Brizola à Presidência da República.
O PDT trabalha e se organiza para eleger em 2010 uma numerosa bancada de deputados federais, que como dizia Brizola, tenham a cruz na testa, ou seja, depois de eleitos, serão no Congresso a voz da população brasileira e defensores de um Brasil que pertença de fato ao seu Povo.
Em 2006 o PDT lançou como candidato à Presidência da República o honrado e competente Senador Cristovam Buarque, ex-Reitor da Universidade de Brasília e ex-Governador do Distrito Federal. Pode ser pedir muito a Cristovam que renuncie a uma reeleição provável em 2010, mas seria pedir muito mais ao nosso partido deixar de apresentar um nome capaz de mobilizar, em primeiro lugar todo o PDT, e também grande parte dos eleitores que já estão enojados das crises, como a atual, no Senado Federal, cujo centro é José Sarney, pai de Roseana Sarney, que trabalhou junto ao Poder Judiciário para usurpar o lugar do Governador Jackson Lago , legitimamente eleito pelo povo do Maranhão, para entregá-lo à filha, cujos crimes eleitorais foram ignorados pelos magistrados.
Ainda é tempo de, ao lançar o Prof. Cristovam Buarque como candidato à Presidência da República para a eleição de 2010, ter o PDT a oportunidade de levantar o país em uma campanha que defenda a ética e a competência políticas, a construção de milhares de escolas públicas, que, seguindo o exemplo das agências do Banco do Brasil, tenham como padrão uma construção compatível com as necessidades de educação integral e integrada para nossas crianças. Uma escola que, segundo o Prof. Darcy Ribeiro, ensine aos nossos jovens a ler, a escrever e a pensar.
O Brasil merece ter um presidente da república que defenda a Amazônia contra as investidas de transformá-la em posse de toda a Humanidade, que não apóie as políticas de extermínio da população jovem, negra e pobre, nas favelas e nas periferias, e que se empenhe em criar mecanismos de transformações de nossas commodities em produtos industrializados, e também que prestigie nossos cientistas no desenvolvimento de suas pesquisas, porque sabemos que aqueles que detêm o Saber detêm o Poder.
Ainda é tempo, basta refletirmos, discutirmos e provar que o PDT é um partido que segue os ideais de Getúlio Vargas, de João Goulart, de Alberto Pasqualini, de Darcy Ribeiro, de Leonel Brizola, que reconhece as diferenças de tempo, mas conhece a atualidade das carências da nação brasileira.

Rio de Janeiro, 8 de agosto de 2009
Edialeda Salgado do Nascimento

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