Resgate do 24 de Maio – Abolição em Fortaleza
Paulo Tadeu – Jornalista
O dia 24 de maio precisa ser resgatado, exaltado e comemorado em Fortaleza. Urge que as autoridades constituídas incluam a data em seus calendários oficiais, para as devidas celebrações. Tanto a Secretaria de Cultura de Fortaleza (Secultfor) como a Secretaria de Cultura do Estado (Secult) e ainda as respectivas Secretarias de Turismo e o Gabinete da Prefeita Luizianne devem, juntos, e com mesmo sentimento dos heróicos e pioneiros abolicionistas cearenses, marcar festivamente o 24 de maio, avivando na memória dos “Cabeças-Chatas” contemporâneos o grande feito dos nossos antepassados. Afinal, foi no entardecer de 24 de Maio de 1883 que ocorreu a Abolição dos escravos em Fortaleza, fazendo a cidade passar para a História como a primeira metrópole (capital de Província) a extinguir a escravatura no Brasil. O ato foi importantíssimo para a vitória também pioneira do 25 de Março de 1884 - Abolição no Ceará – e, conseqüentemente, o memorável desfecho de 13 de Maio de 1888, quando, vestindo rendas valencianas e sedas peroladas, a Princesa Isabel, na sala do trono do Paço Imperial, no Rio de janeiro, assinou com pena de ouro a lei 3.353 - Lei Áurea, extinguindo a escravidão no Brasil. Mas isto é outro história e está muito bem contada na importante matéria de capa da revista “Aventuras na História”, Editora Abril, edição de 7 de maio de 2009, que está nas bancas sob o título: “Escravidão – Uma impressionante viagem pelo cotidiano do negro brasileiro antes e depois da Lei Área”.
O objetivo deste artigo é encampar a idéia do Ivaldo Paixão, Comandante da Marinha Mercante e Presidente da Secretaria do Movimento Negro do PDT-Ceará, que em boa hora levanta a bandeira do resgate da data. Esta, de tão importante, nomina uma das principais artérias do Centro Histórico de Fortaleza: a Rua 24 de Maio. Ressalte-se que, nesta patriótica ação, o Comandante Ivaldo não está agindo como integrante de partido político, mas sim como cidadão. Move-lhe sim o orgulho de não deixar passar despercebida um fato que marcou decisivamente um período de luta tão dignificante de homens e mulheres deste Pais. Sabemos que a data remete também a outro grande fato histórico igualmente acontecido do século 19: o início da Batalha do Tuiuti, em 24 de Maio de 1886, que figura como uma das mais sangrentas da Guerra do Paraguai. Contudo, esta ocorrência histórico-militar não deve de maneira alguma empanar no Ceará, o merecido tributo aos abolicionistas fortalezenses. São coisas distintas... Aliás, o historiador Raimundo Girão em seu livro “A Abolição no Ceará” (Fortaleza, Editora A. Batista Fontenele, 1956, 1.ed) dedica um capítulo inteiro à Abolição em Fortaleza. Refiro-me ao Capítulo XVII, intitulado: “24 de Maio”, o que em si já evidencia a dimensão do acontecimento. Ali estão narrados, em detalhes, os episódios e personagens envolvidas no magnífico fato. Excelente dica de leitura. A propósito o Secretário de Cultura do Estado, professor Auto Filho, por minha sugestão, garantiu publicar a citada obra pela Secult. Decisão oportuna, mormente agora, no transcurso dos 170 anos de nascimento do Dragão do Mar - Francisco José do Nascimento (Chico da Matilde).
Aproxima-se o 24 de Maio. Ivaldo Paixão sonha vê-lo comemorado, à noite, no outrora “Parque da Liberdade”, atual Cidade da Criança (o antigo nome deveria ter sido preservado). Que tal o Gabinete da Prefeita Luizianne Lins encampar a idéia da festa? Caso ele, Ivaldo Paixão, não consiga o merecido apoio oficial, já garantiu a presença, sem custos, do seu famoso “Afoxé Acabaca Orá Sabá Omi”. Vamos pois ao Parque, Fortaleza merece!
Paulo Tadeu – Jornalista
O dia 24 de maio precisa ser resgatado, exaltado e comemorado em Fortaleza. Urge que as autoridades constituídas incluam a data em seus calendários oficiais, para as devidas celebrações. Tanto a Secretaria de Cultura de Fortaleza (Secultfor) como a Secretaria de Cultura do Estado (Secult) e ainda as respectivas Secretarias de Turismo e o Gabinete da Prefeita Luizianne devem, juntos, e com mesmo sentimento dos heróicos e pioneiros abolicionistas cearenses, marcar festivamente o 24 de maio, avivando na memória dos “Cabeças-Chatas” contemporâneos o grande feito dos nossos antepassados. Afinal, foi no entardecer de 24 de Maio de 1883 que ocorreu a Abolição dos escravos em Fortaleza, fazendo a cidade passar para a História como a primeira metrópole (capital de Província) a extinguir a escravatura no Brasil. O ato foi importantíssimo para a vitória também pioneira do 25 de Março de 1884 - Abolição no Ceará – e, conseqüentemente, o memorável desfecho de 13 de Maio de 1888, quando, vestindo rendas valencianas e sedas peroladas, a Princesa Isabel, na sala do trono do Paço Imperial, no Rio de janeiro, assinou com pena de ouro a lei 3.353 - Lei Áurea, extinguindo a escravidão no Brasil. Mas isto é outro história e está muito bem contada na importante matéria de capa da revista “Aventuras na História”, Editora Abril, edição de 7 de maio de 2009, que está nas bancas sob o título: “Escravidão – Uma impressionante viagem pelo cotidiano do negro brasileiro antes e depois da Lei Área”.
O objetivo deste artigo é encampar a idéia do Ivaldo Paixão, Comandante da Marinha Mercante e Presidente da Secretaria do Movimento Negro do PDT-Ceará, que em boa hora levanta a bandeira do resgate da data. Esta, de tão importante, nomina uma das principais artérias do Centro Histórico de Fortaleza: a Rua 24 de Maio. Ressalte-se que, nesta patriótica ação, o Comandante Ivaldo não está agindo como integrante de partido político, mas sim como cidadão. Move-lhe sim o orgulho de não deixar passar despercebida um fato que marcou decisivamente um período de luta tão dignificante de homens e mulheres deste Pais. Sabemos que a data remete também a outro grande fato histórico igualmente acontecido do século 19: o início da Batalha do Tuiuti, em 24 de Maio de 1886, que figura como uma das mais sangrentas da Guerra do Paraguai. Contudo, esta ocorrência histórico-militar não deve de maneira alguma empanar no Ceará, o merecido tributo aos abolicionistas fortalezenses. São coisas distintas... Aliás, o historiador Raimundo Girão em seu livro “A Abolição no Ceará” (Fortaleza, Editora A. Batista Fontenele, 1956, 1.ed) dedica um capítulo inteiro à Abolição em Fortaleza. Refiro-me ao Capítulo XVII, intitulado: “24 de Maio”, o que em si já evidencia a dimensão do acontecimento. Ali estão narrados, em detalhes, os episódios e personagens envolvidas no magnífico fato. Excelente dica de leitura. A propósito o Secretário de Cultura do Estado, professor Auto Filho, por minha sugestão, garantiu publicar a citada obra pela Secult. Decisão oportuna, mormente agora, no transcurso dos 170 anos de nascimento do Dragão do Mar - Francisco José do Nascimento (Chico da Matilde).
Aproxima-se o 24 de Maio. Ivaldo Paixão sonha vê-lo comemorado, à noite, no outrora “Parque da Liberdade”, atual Cidade da Criança (o antigo nome deveria ter sido preservado). Que tal o Gabinete da Prefeita Luizianne Lins encampar a idéia da festa? Caso ele, Ivaldo Paixão, não consiga o merecido apoio oficial, já garantiu a presença, sem custos, do seu famoso “Afoxé Acabaca Orá Sabá Omi”. Vamos pois ao Parque, Fortaleza merece!
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